De que adianta a gente trabalhar tanto, até mesmo fazendo a Obra de Deus, se não existe um investimento em ser uma obra de Deus?
Vira e mexe, eu preciso me alertar disso. Trabalho nunca vai
acabar. Coisas pra fazer nunca vão cessar e quanto mais se faz, mais se
encontra para ser feito. Mas em meio a esse turbilhão de coisas, existe uma
prioridade que não muda, na verdade, que não pode mudar! Cabe a mim não
deixá-la mudar… Na sua vida, cabe a você fazê-la uma prioridade e mantê-la
nessa posição.
Para sermos uma obra de Deus, precisamos investir, alimentar o que
é interno, o que é eterno.
Deixa-me explicar mais claramente.
“Lembrado das tuas lágrimas, estou ansioso por ver-te, para que eu
transborde de alegria pela recordação que guardo de tua fé sem fingimento…”.
Aqui Paulo se refere à Timóteo. E você pode ler lá em 2 Timóteo
1:4.
Veja bem, se Paulo fala com tanto carinho e admiração sobre a fé
sem fingimento que Timóteo vivia, era porque com certeza já naquela época, ele
lidava com muitos que tinham uma fé fingida, mas em Timóteo, ele via a
diferença.
Percebam o carinho com que Paulo fala, um amor, uma alegria que
não vê a hora de ver a Timóteo, para que essa alegria se transborde…
É essa a nossa prioridade. Viver uma fé sem fingimento.
De que adianta viver usando essa máscara de que tudo está muito
bem, quando na realidade você está chorando por dentro? De que adianta querer
aparentar ter uma fé que você não tem? Pra que viver fingindo desse jeito? Ser
peixe e se mascarar para parecer um tubarão? Pra quê?
Muitas estão vivendo uma fé fingida – que falta de visão! É tudo
apenas uma fachada. Mas para quem? Será que Deus não está vendo todo esse
fingimento? Mas o pior de tudo será que você não está vendo isso?
Não se esconda atrás de muito trabalho, talvez até mesmo na Obra
de Deus. Isso não substitui a nossa prioridade. Eu já me enganei assim também,
já vivi essa fé fingida e vou lhe dizer como que ela funciona.
A fé fingida não quer ver o problema. Ela não quer lidar com ele.
Ela quer olhar para o outro lado. A fé fingida não quer vasculhar, pois não
quer encontrar nada. A fé fingida lhe faz pensar que é perfeita e que está tudo
muito bem com você. A fé fingida não faz você se enxergar. Não a deixa se ver
como pecadora e, sendo assim, não há o que mudar. Claramente, ela não é
sincera.
A fé fingida não investe em você. Ela não é inteligente, é burra!
Já a fé sem fingimentos, é exatamente isso, sem fingimentos.
Ela a faz vasculhar tudo! Tudo mesmo. Ela não aceita ver o
problema e não lidar com ele de forma transparente. Ela não aceita o engano.
Ela não aceita vasculhar e não encontrar nada para ser mudado. Ela não aceita o
superficial, ela busca se aprofundar. Ela busca o eterno e não o passageiro.
Agora nos façamos a seguinte pergunta: Que fé é essa que estamos
vivendo?
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