Havia um homem, este homem tinha um filho, no qual depositava toda a sua força para ensiná-lo como administrar a empresa que, futuramente, seria sua. Este homem tinha muitos filhos, mas este filho por ser o mais velho, herdaria a presidência da empresa, após a incapacidade de seu pai administra-lá. Porém, com o passar dos anos, este filho foi se desviando dos caminhos que seu pai o ensinava: Passou a se perder pelas noitadas, deixando a moradia de seus pais e envolvendo-se com drogas, prostituição, furtos e toda sorte de imoralidade. Passados mais alguns anos, seu pai, já velho, adoeçeu de uma doença mortal. Distante, mas sabendo o paradeiro de seu filho, mandou um de seus empregados o chamar. Chegando o empregado à presença do rapaz, o encontrou em situação precaria e arrependido das atitudes erradas que cometera no passado; estava disposto a voltar para sua aconchegante casa. Como era a intenção do seu pai, o recebeu devolta em sua casa; o acolheu e o supriu de suas necessidades, pois estava debilitado por não se alimentar direito, vestido-se com trapos, estava na verdadeira imundícia; seu pai o tratou e o restituiu a vida regalada que ele sempre teve. Um belo dia, seu pai o chamou em seu escritório:
- Sente-se meu filho. Como sabes, estou no fim dos meus anos, estou velho e doente, já não espero mais nada dessa vida. Sabes o quanto me dediquei para fazer desta empresa a mais reconhecida nacional e internacionalmente, dediquei-me durante anos para chegar até esse patamar, venho desde sua infância instruindo-lhe e ensinando os seus mecanismos, para que numa situação que se aproxima você viesse a assumi-la. Nada pedi a você, apenas dedicação em aprender a área administrativa; mas em uma rebeldia de sua parte, jogaste tudo pelos ares. Teria motivos de sobra para não querer você na presidência da empresa, poderia colocar um de seus cinco irmãos para comanda-lá, mas pela minha misericordia e compaixão, estou disposto a esquecer o passado e te dar uma nova chance para assumi-lá em meu lugar, pois sei que tens mais capacidade do que seus irmãos, então, entrego em suas mãos a presidencia da empresa - disse o pai confiante.
Respondeu-lhe o filho: Muito obrigado meu pai pela sua generosidade, mas não tenho disposição nem ânimo para estar a frente dessa empresa.
-O pai, porém, retrucou: Mas meu filho, te dei toda a capacidade que precisava, gastei anos e recursos com você, para que num momento como esse eu pudesse confiar em sua mão essa minha grande riqueza.
-Não pai, sinto que não sirvo para isso. - disse o filho, convicto.
-Mas filho - persistindo o pai - nas mãos de quem eu vou deixar a empresa se eu confiei ela e todos os seus principios e fundamentos em suas mãos? Poderia eu ter preparado um de seus irmãos por todo esse tempo.
-Respondeu o filho, cruzando os braços: Não adianta pai, não vou fazer isso, já decidi.
-O pai continuou: Mas meu filho, sem ter alguém capacitado, todo o meu patrimônio estara em risco e tudo que conquistei e o nome que fiz perante todos será apagado rapidamente da memória das pessoas.
-Pai, sinto muito mas vou fazer outra coisa da minha vida, vou fazer do meu jeito, o que tenho vontade, daqui a pouco o senhor acha outro melhor do que eu, ai você o coloca em meu lugar - disse o filho, insubmisso.
-Misericordiosamente o pai respondeu: Meu filho, eu escolhi você. Te capacitei para isso, mesmo você fazendo todas aquelas besteiras da sua vida, eu te perdoo. Te peço, apenas, que assuma a empresa, ajudaria muito a sua família e o nome de seu pai seria lembrado para sempre. Além disso, você seria muito beneficiado por isso; desfrutaria de tudo do bom e do melhor, viveria uma vida maravilhosa, bastaria apenas fazer a minha vontade.
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